quarta-feira, 31 de março de 2010

Quantos mais, melhor!

Com tantos amigos no Facebook (quase, quase a chegar aos 4500!) e a celebrar 1 ano de existência, a Contraponto só tem motivos para festejar! São quase 50 os títulos que fazem o catálogo desta editora, todos eles premiados, recomendados pela crítica e best-sellers internacionais. Com uma lista de obras tão interessante, quanto profícua, entramos no nosso segundo ano de existência com mais um rol irresistível de livros.

Este mês lançamos aquele que foi o livro mais surpreendente do meio literário na década de 1960, tornando-se num dos maiores best-sellers de sempre! Adaptado ao cinema e ao teatro, O Vale das Bonecas, de Jacqueline Susann, traça um retrato chocante do mundo do show business, com muitas «bonecas» à mistura.
Regressamos também com uma obra de Marc Levy, o autor francês que mais vende em todo o mundo, intitulada Sete Dias para a Eternidade, em que Deus e Satanás travam um duelo decisivo através do seus melhores agentes, um anjo e um demónio. Contudo, as faíscas que resultam desse confronto não são exactamente as que Eles esperavam.
Um muito obrigado a todos os que escolheram os nossos livros para passarem umas boas horas de leitura, e que venham mais aniversários assim: cheios de bons títulos e de bons leitores!

Destaque - "Desculpa, mas Vou Chamar-te Amor"


Um delicioso romance sobre o poder do Amor.


Niki é uma rapariga linda, extrovertida, inteligente, simpática e alegre. Tem dezassete anos, e tanto ela como as suas amigas estão no último ano do secundário. O seu dia-a-dia é pautado por desfiles, festas e raves, entre outros divertimentos.
Alex é um «rapaz» com quase trinta e sete anos e acabou há pouco tempo uma relação de longa data. Tem três grandes amigos, Enrico, Flávio e Pietro, que são casados. Alex ocupa um cargo importante na área da publicidade, mas um jovem oportunista contratado recentemente pela sua empresa põe em risco o seu emprego.
Certa manhã, Niki e Alex têm um encontro, ou melhor, um desencontro – um desencontro que vai mudar tudo.
Esta linda história de amor reflecte a vontade de reencontrar a liberdade e o desejo de nutrir sentimentos verdadeiros, de amar sem regras nem porquês. Retrata o quotidiano, mas também o sonho, a fuga mais bela, mais louca, mais inesperada: uma fuga de amor. E, depois, aquele farol…
Enfim, é um mergulho onde o mar é mais azul!

Promoção!
Quem comprar o "Desculpa, mas Vou Chamar-te Amor" através do site http://www.bertrand.pt/ recebe de oferta o livro "Quero-te Muito", de Federico Moccia.



Step regressa de Nova Iorque, cidade onde se auto-exilou para se afastar da ex-namorada – Babi –, da memória da morte trágica de um amigo e da mãe, com quem tem um relacionamento conflituoso.

Ao chegar a Roma, vai morar com o irmão, reencontra os amigos e, ajudado pelo pai, começa a trabalhar no mundo do espectáculo. Entretanto, conhece Gin, uma rapariga bonita e decidida, com quem inicia uma bela história de amor.
Mas, quando tudo parecia estar a entrar nos eixos, Babi volta a aparecer na sua vida e nada cabeça de Step despertam velhos sentimentos e dúvidas: Babi ou Gin…
Diante da casa de qual delas irá Step escrever finalmente «QUERO-TE MUITO»?
Neste belíssimo romance, Federico Moccia aponta-nos um caminho que irradia esperança; mesmo em momentos de crise, de desamor, a vida oferece-nos sempre uma nova oportunidade de amar. Como refere o próprio autor, «o jogo da vida não termina. Não pode terminar. E o amor tem as suas próprias regras, belas e sempre diferentes daquelas com que sonhamos».

Fenómeno Moccia
Federico Moccia é um dos fenómenos editoriais mais espantosos dos últimos tempos. Os seus três romances transformaram-se numa referência indiscutível para o público jovem italiano, que se vê reflectido nas histórias e sente a sua autenticidade, a conexão com a realidade social do momento. Roma tem já a “Rota Moccia”: as frases dos seus livros escrevem-se nas paredes da cidade e milhares de jovens italianos e estrangeiros selam o seu amor prendendo um cadeado nos candeeiros da ponte Milvio, como os protagonistas de Quero-te Muito. Até existe uma página Web para colocar cadeados virtuais: http://www.lucchettipontemilvio.com/

«Em Roma há muitas tradições, desde deixar uma moeda na Fontana di Trevi a enfiar a mão na Bocca della Verità. Mas estas tradições eram demasiado conhecidas, pelo que decidi inventar uma. Uma semana depois do lançamento, atravessei a ponte [Milvio] e vi que em redor do terceiro pilar havia mais de cem cadeados. Foi uma sensação incrível [...]!»
Entrevista de Federico Moccia para o EL País Semanal, 27/01/08

A história do sucesso de Moccia constitui por si só um romance. A sua primeira obra foi rejeitada por todas as editoras, até que Federico Moccia decidiu fazer uma edição de autor. Os dois mil exemplares que lançou venderam-se rapidamente e o livro sobreviveu em fotocópias durante oito anos. Por casualidade, uma dessas fotocópias caiu nas mãos de um director de cinema que se apercebeu do seu potencial. A obra foi levada ao ecrã e publicada numa das mais prestigiadas editoras italianas, tornando-se um sucesso.
Veja aqui o trailer do filme: http://www.hovogliadite.it/

Novidades para Abril



Lançamento: 23 de Abril



O Vale das Bonecas
Jacqueline Susann


O Maior Best-Seller de Todos os Tempos
Este Não É o Livro do Ano – É o Livro de Sempre!

Anne, Neely e Jennifer são três jovens fortes, independentes e com muita sede de viver. Mas quando os sonhos da vida se despenham contra os rochedos da desilusão, precisam de algumas «bonecas» – comprimidos calmantes, excitantes, ansiolíticos ou opiáceos – para sobreviver…

Anne: ingénua e doce, mas ambiciosa e ansiosa por descobrir tudo o que a vida tem para oferecer… Chega a Nova Iorque, vinda de uma cidade provinciana conservadora, em busca da felicidade e do amor. Apesar de estar noiva de um multimilionário, entrega o seu coração – e o seu corpo! – ao encantador e mulherengo Lyon Burke. Mas quando Burke lhe pede que escolha entre o amor e a carreira, as consequências podem ser devastadoras... Será que algumas «bonecas» a poderão ajudar a viver com o coração partido?

Neely... Um espírito rebelde. Órfã desde a mais tenra idade, só ambiciona uma coisa na vida – rios de dinheiro! Quando, através de Anne, é introduzida no impiedoso mundo do Show Business, não falta quem veja nela uma estrela potencial. Mas estará Neely preparada para enfrentar os perigos do estrelato? Os impiedosos patrões dos estúdios de Hollywood fazem-na trabalhar sem parar. E sem a ajuda de algumas «bonecas», esta estrela não consegue brilhar...

Jennifer: com um corpo de fazer parar o trânsito, este íman sexual só deseja uma coisa – casar e assentar. Antes dos 25 já foi a amante lésbica sustentada por uma espanhola rica e a mulher de um príncipe europeu depravado. Aos 25, é já uma divorciada acabada e com os primeiros sinais da idade a revelarem-se... Quando consegue «caçar» um galã de Hollywood, percebe que a vida de casada não é nenhum paraíso. Se não fosse a sua amiga Neely a mostrar-lhe o conforto das «bonecas», não aguentaria as pressões do casamento.

Amor, traição, desejo e dependência são retratados em toda a sua crueza neste romance inesquecível, o maior best-seller de todos os tempos.

Sobre a autora:
Jacqueline Susann nasceu em Filadélfia, em 1918. Antes de se dedicar à escrita, foi modelo e actriz de televisão e de teatro. Faleceu em 1974.

O Vale das Bonecas é considerado o livro mais vendido de todos os tempos. Foi adaptado ao cinema, ao teatro e à televisão, e conta com mais de 30 milhões de exemplares vendidos só nos EUA.

Título original: Valley of the Dolls
ISBN: 978-989-666-078-9; 480 pág.; € 19,90






Lançamento: 9 de Abril


Sete Dias para a Eternidade
Marc Levy

Deus e Satanás, cansados da sua eterna luta, decidem determinar, de uma vez por todas, quem deverá dominar o Mundo para o resto da eternidade: o Bem ou o Mal? Para esta partida final combinam um duelo de sete dias entre os seus dois melhores agentes. Zofia, a enviada de Deus, é eficiente, generosa, inocente e encantadora; Lucas, agente do Diabo, é manipulador, sedutor e não tem um pingo de escrúpulos. Mas nem Deus nem Satanás poderiam prever o resultado do encontro entre estes dois agentes sobrenaturais… o que poderá acontecer se as faíscas entre um anjo e um demónio não forem de ódio, mas de amor?


«Uma história tão divertida quanto comovente.»
Le Parisien

«O enredo é cativante e promete inúmeras surpresas.»
Le Figaro

Sobre o autor:
Marc Levy é o autor de língua francesa mais lido em todo o mundo: os seus livros contam já com cerca de 17 milhões de exemplares vendidos em mais de 41 países. Mas este autor não é só um favorito entre os leitores como também a crítica tem reconhecido o seu talento excepcional como contador de histórias originais, provocantes e sempre comoventes.

Nasceu em Boulogne Bilancourt, em 1961. Aos 18 anos, juntou-se à Cruz Vermelha Francesa, instituição com a qual colaborou durante seis anos. Paralelamente, formou-se em Gestão e Informática na Université Paris-Dauphine. Em 1983, fundou uma empresa especializada em design e informática, com projectos em França e nos EUA. Mais tarde, viria a dedicar-se ao design de interiores, fundando outra firma em Paris.

Aos 37 anos de idade, Marc Levy escreveu o seu primeiro romance. E Se Fosse Verdade… começou por ser uma história destinada ao homem que o seu filho viria a ser. Encorajado pela irmã, enviou o manuscrito a uma editora, que aceitou publicá-lo. O sucesso fez-se sentir imediatamente e, desde então, os seus romances são presença constante nas listas de best-sellers. Marc Levy tem-se dedicado inteiramente à escrita e dois dos seus romances foram já adaptados com grande sucesso ao cinema.

Título original: Sept jours pour une éternité
ISBN: 978-989-666-048-2; 224 pág.; € 16,50

terça-feira, 23 de março de 2010

Primeiro capítulo de "Desculpa, mas Vou Chamar-te Amor"

1.

Noite… Noite encantada, dolorosa… Noite louca, mágica e doida… Ainda noite… Noite que nunca parece acabar. Noite que, pelo contrário, às vezes passa muito depressa.
Estas são as minhas amigas, caraças… Fortes! São fortes. Fortes como Ondas – nome que demos ao nosso grupo (1) – que nunca param. O problema é se alguma de nós se apaixonar a sério por um homem.
– Esperem por mim, estou aqui! – Niki olha para elas, uma depois da outra. Encontram-se na Via dei Giuochi Istmici. Estão nos pequenos carros Aixam com as portas abertas e, com a música a disparar, improvisam um desfile de moda.
– Vem então! – Olly anda como uma louca de um lado para o outro da rua. Traz o som no máximo e uns óculos de armação larga. Parece Paris Hilton. Um cão ladra ao longe. Chega Erica, a grande organizadora. Traz quatro garrafas de Corona. Coloca as tampas na orla de um parapeito e, aos murros, fá-las saltar uma atrás da outra. Tira um limão da carteira e corta-o.
– Erica, a faca tem menos de quatro dedos, para o caso de te apanharem?
Niki sorri e ajuda-a. Coloca as rodelas de limão nas garrafas e… Pum! Brindam, batendo com as garrafas umas nas outras e levantando-as para as estrelas. Depois sorriem até fecharem os olhos, sonhando. Niki é a primeira a acabar a cerveja. Respira fundo e fica logo bem. «As minhas amigas são muito fixes», pensa enquanto enxuga a boca. «É bom poder contar com elas», conclui ao lamber a última gota de Corona.
– Meninas, vocês são lindas… Sabem uma coisa? Faz-me falta o amor.
– Queres dizer que te faz falta uma queca.
– Parva! – Intervém Diletta. – Ela disse que lhe faz falta o amor.
– Sim, o amor – recomeça Niki –, esse mistério fantástico desconhecido para ti…
Olly encolhe os ombros.
«Sim», pensa Niki. «Faz-me falta o amor, mas tenho dezassete anos, dezoito em Maio. Ainda tenho tempo…»
– Espera aí, agora é a minha vez de desfilar, eh…
Niki avança esbelta naquela estranha passadeira-passerelle, entre as amigas, que assobiam e riem, divertidas com aquela pantera branca, linda e estranha que, por enquanto, ainda não «bateu» em ninguém.

«Amor, amor estás aí? Desculpa por não ter avisado, mas não me apetecia voltar amanhã.»
Alessandro entra em casa e olha em redor. Voltou de propósito, com desejo dela e também de encontrá-la com alguém. Já não fazem amor há muito tempo. Quando falta o sexo, às vezes só quer dizer que há outra pessoa. Alessandro anda pela casa, mas não encontra ninguém. Na verdade, não encontra nada. «Fogo! Estiveram cá ladrões?» Depois, repara num bilhete em cima da mesa, com a letra dela:
«Para Alex. Deixei-te comida no frigorífico. Liguei para o hotel, para te avisar, mas disseram que já tinhas saído. Talvez quisesses descobrir alguma coisa. Nada, lamento. Infelizmente, não há nada por descobrir. Fui-me embora. Fui-me embora e ponto final. Por favor, não me procures durante um tempo. Obrigada. Respeita as minhas escolhas como sempre respeitei as tuas. Elena».

«Não!» Alessandro deixa o bilhete na mesa. «Não foram os ladrões. Foi ela. Ela roubou a minha vida, o meu coração. Ela que diz ter respeitado as minhas escolhas. Mas quais escolhas?» Caminha pela casa. Os roupeiros já estão vazios. «Escolhas? Até a minha casa não era minha.»
Alessandro repara na luz do atendedor de chamadas a piscar. «Talvez tenhas mudado de ideia? Talvez estejas a pensar em regressar?», pensa ao carregar no botão do atendedor, cheio de esperanças.
«Olá, como estás? Há muito que não dizes nada… Isto não está bem. Venham jantar aqui em casa um dia destes, tu e a Elena. Gostaríamos muito. Liga-me, beijinhos!»

Alessandro apaga a mensagem. «Eu também gostaria muito, mesmo muito, mamã, mas acho que desta vez vou ter de aguentar o teu jantar sozinho. Hás-de perguntar: “Então, quando é que tu e a Elena vão casar? Estão à espera de quê? Olha para as tuas irmãs, que já têm filhos. Quando é que vais dar-nos um netinho?” Eu talvez não saiba o que te dizer. Não vou conseguir contar-te que a Elena se foi embora. Vou mentir. Mentir à minha mãe. Claro que não é bom. Aos trinta e seis anos, não, trinta e sete em Junho… É realmente horrível.»

Uma hora antes…
Stefano Mascagni é um homem impecável quase em tudo, mas não para cuidar do seu carro. O Audi A4 Station Wagon segue veloz nas últimas curvas da Via del Golf e entra na Via dei Giuochi Istmici. No vidro de trás alguém deixou uma mensagem para cumprimentar o mundo: «Lavem-me. O rabo de um elefante está mais limpo que eu.» Numa das janelas pode ler-se «Não, não me laves. Estou a deixar crescer musgo para o presépio de Natal». No resto do carro, a poeira deixa adivinhar apenas algumas nuances da cor prata-metalizada. Uma pasta cheia de folhas desliza e cai para a frente, espalhando-se no tapete. O mesmo acontece com uma garrafa de plástico vazia, que vai parar sob o assento, rebolando perigosamente perto da embraiagem. Uma série infinita de embrulhos de rebuçados desponta do cinzeiro, dando-lhe um ar de arco-íris, menos romântico, porém.
Do porta-bagagem, de repente, ouve-se um barulho sinistro.
«Porra! Partiu-se. Caraças! Não posso ir ter com ela com o carro nestas condições. Carlotta iria chamar a desinfestação e nunca mais desejaria ver-me. Há quem diga que o carro é o espelho do seu dono… tal como os cães.»
Stefano pára o carro ao pé de uns caixotes e desliga-o. Sai rapidamente do Audi e abre o porta-bagagem. O seu portátil tinha caído. Durante a curva, deve ter saído da mala que deixara aberta. Pega nele, observando-o por cima e por baixo. Parece inteiro. Só um parafuso do ecrã ficou desapertado. Ainda bem! Guarda-o na mala e volta para dentro do carro. Olha em redor e faz uma careta. Do assento sai um saco enorme de supermercado, quase vazio, talvez com o que sobrou das compras de sábado. Stefano pega no saco e começa a recolher rapidamente tudo o que lhe vai parar às mãos. Enfia tudo, até o saco ficar cheio. Depois, sai do carro, torna a abrir o porta-bagagem, pega no computador e deixa-o ao pé de um caixote. Coloca-o de modo a que não caia. Começa a tirar do porta-bagagem objectos inúteis e esquecidos. Um saco velho, a caixa de um CD, três latas vazias, um guarda-chuva partido, uma caixa de sapatos vazia, um embrulho de pilhas fora de prazo, um cachecol enrijado… Antes que o saco rebente, dirige-se aos caixotes. Pois, são muitos… Vidro, plástico, papel, lixo sólido, lixo orgânico… Tudo muito arrumado e organizado. «Mas onde é que vou pôr isto? São coisas diferentes. Sei lá. O caixote cinzento parece o mais apropriado.» Stefano aproxima-se e carrega com o pé na barra em baixo. A tampa levanta-se num repente. O caixote está cheio. Stefano encolhe os ombros, volta a fechá-lo e deixa o saco no chão. Volta para o carro e recomeça a olhar em redor. «Assim está melhor. Ah, não. Se calhar devia ir lavar o carro.» Olha para o relógio: «Não, já é tarde, a Carlotta está à minha espera. Não se pode deixar esperar uma mulher no primeiro encontro.» Stefano fecha o porta-bagagem, volta para dentro e liga o carro. Põe um CD. Piano e orquestra número três, opus 30, terceiro movimento, final alla breve, de Rachmaninoff. «Agora está tudo perfeito. Com este “Rach 3”, a Carlotta, ao ver-me, vai desmaiar como em Shine.» Carrega na embraiagem e arranca. É uma grande noite e é grande também a sua segurança enquanto conduz.

Um gato felpudo de duas cores caminha curioso. Ficara escondido até que aquele carro se fosse embora. Logo saiu e com um pulo rápido começou o seu passeio de caixote em caixote. Algo lhe chama a atenção. Aproxima-se e começa a roçar-se e a observar, sem nunca deixar de cheirar. Coça-se na orelha, passando várias vezes ao pé do ecrã. É realmente muito estranho, aquele resíduo.

A música sai alta e profunda pelos altifalantes do Aixam.
– À Naomi!
– Vou bem, não vou? – Niki sorri e Diletta bebe cerveja.
– Devias ser modelo de verdade.
– Ao cabo de um ano engorda-se.
– Olly, és mesmo invejosa… Chateia-te porque estava a ir bem com aquela música, não é? Sabes que é mesmo fixe, esta! Como é que se chama?
– Alex Johnson.
– Eh, dá para desfilar bem! Olha, eu também vou bem – Olly chega até ao fundo da passadeira, põe a mão no flanco direito, dobra um pouco uma perna e pára, olhando fixamente em frente. Depois dá uma volta, puxa o cabelo para trás com um movimento da cabeça e volta para trás.
– Oh, parece verdade! – Todas batem palmas.
– Modelo número quatro, Olimpia Crocetti!
– Giuditta (2), qual Crocetti! – Todas começam a cantar aquela música, algumas com jeito, outras sem, algumas com as palavras certas, outras inventando-as. – I know how this all must look, like a picture ripped from a story book, i’ve got it easy, i’ve got it made… – bebem o último gole de cerveja fria.
– Valentí, Armá, Dolce e Gabbá, o desfile acabou. Se quiserem contratar-me, sabem onde estou! – Olly faz uma reverência para as outras. – Bom, fazemos o quê? Estou farta de estar aqui...
– Vamos ao Eur, ou, sei lá, ao Alaska! Vamos fazer alguma coisa!
– Então, mas acabámos de o fazer! Não, meninas, amanhã tenho testes, vou para casa, se não estou lixada. Tenho de compensar aquela nota horrível.
– Anda! Que chata! Não vamos voltar tarde. Vá, o que te importa, amanhã levantas-te mais cedo e dás uma vista de olhos, não?
– Não. Preciso de dormir. Voltei tarde três noites seguidas… Não sou uma rocha!
– Não, és uma cabeça dura! Bom, faz como entenderes, nós vamos. Até amanhã!

Cada uma delas aproxima-se da sua mota. Três vão sabe-se lá para onde e uma para casa. As quatro garrafas de Corona ficam ali, na passadeira, vazias como conchas abandonadas na praia depois de um tsunami. «Olha que grande confusão que fizeram! É claro, porque quem arruma sou eu…» Apanha as garrafas, enquanto olha em redor. Um lampião ilumina uma fileira de caixotes. Ainda bem que entre eles está também o verde, para o vidro. «Que nojo, as pessoas são mesmo porcas. Nem separam o lixo. Como se não soubessem que o planeta está nas nossas mãos.» Enfia as garrafas pelo buraco do caixote. «E as tampas? Para onde é que vão as tampas? Não são de vidro! Talvez onde se deixam também as latas. Podiam colocar uma indicação, com um autocolante ou um desenho: Deite as tampas aqui.» Depois pára e começa a rir. Como era aquela velha piada de Groucho?
– Pai, chegou o homem do lixo.
– Diz-lhe que não precisamos.
Como é impecável, deita também um saco que ficara por fora do caixote. Depois, dá por aquilo. Não acredito. Fazia-me muita falta. Estás a ver o que vale ser impecável!

Mais tarde, durante a noite, um carro trava quase que derrapando. O motorista sai rápido e olha em redor. Parece uma daquelas personagens tipo Starsky e Hutch, mas não tem de disparar contra ninguém. Olha para aquele caixote, em baixo. Por trás, por cima, por baixo, no chão. Nada. Já não está. «Não acredito. Não acredito. Nunca ninguém limpa, ninguém se preocupa com quem deixa os sacos no chão e esta noite eu tinha de encontrar alguém muito certinho no meu caminho! Ainda por cima a Carlotta desmarcou. Disse que finalmente se apaixonou… mas por outro…»
Stefano Mascagni não sabe que, graças ao que perdeu, um dia haverá de ser feliz.


(1) No original, Ondes, acrónimo composto pelas letras iniciais dos nomes dos elementos do grupo, e que em italiano significa também «ondas». (N. da R.)
 
(2) Referência a uma gag do filme Il Piccolo Diavolo, de Roberto Benigni. (N. da T.)

Em Abril - "O Vale das Bonecas", de Jacqueline Susann


Jacqueline Susann foi a primeira superstar literária, e talvez a maior de sempre. Casada com um produtor de teatro e com uma carreira considerável na Broadway e na televisão, a primeira «máquina de marketing» do mundo literário, aplicando estratégias de marketing do mundo do espectáculo à promoção do seu livro… e algumas estratégias surpreendentemente simples. Quando O Vale das Bonecas foi editado, ela fez uma tournée pelas principais livrarias dos EUA, apresentando-se dizendo: «Olá, eu sou Jacqueline Susann e este vai ser o seu próximo best-seller.» A ousadia resultou: O Vale das Bonecas ficou anos no top 10 do New York Times e o sucesso de vendas encorajou a editora a apostar a sério em Susann.




Jacqueline Susann a apontar para O Vale das Bonecas
em 1.º lugar no top do New York Times



Jacqueline Susann foi uma das primeiras mulheres – e certamente a primeira autora de literatura dita «comercial» – a ocupar os tops de vendas, e o seu sucesso e popularidade não a fizeram ganhar muitos amigos dentro do establishment literário. Truman Capote disse num programa de televisão de grande audiência, quando lhe perguntaram o que achava de Jaqueline Susann: «Ela parece um camionista travesti.» Quando a editora de Susann exigiu um pedido de desculpas, Capote declarou, no mesmo programa, que queria pedir desculpas «a todos os camionistas que se possam ter ofendido com o meu comentário.» E o premiadíssimo Gore Vidal disse acerca dela: «Esta mulher não escreve, ela bate à máquina!» Contudo, Jackie encarava estas críticas com bom humor: considerava-se uma contadora de histórias, preocupava-se em criar retratos realistas e em abordar temas novos e o afecto do público eram encorajamento suficiente.




Após o sucesso do livro, O Vale das Bonecas foi adaptado ao cinema, num filme que é hoje um clássico de culto.



A Vogue Australiana fez uma sessão fotográfica com várias celebridades a posar com os seus livros favoritos, em cenários inspirados por esses livros. Um dos livros escolhidos foi O Vale das Bonecas, escolha da actriz Frances O’Connor.
 
 
Em Abril, nas livrarias!
 

sexta-feira, 19 de março de 2010

Crítica

Blog Páginas Desfolhadas

Se Houver Um Paraíso
Ron Leshem


«Vamos entrar directamente e sem pedir licença na mente de um soldado em plena missão. Teremos acesso aos seus pensamentos mais desesperados e envergonhados, às suas frustrações, à sua revolta e às suas relações com os companheiros.
Todo o livro é escrito representando o diário de Erez. Um monólogo mais fácil de sentir do que de ler. Ou seja, apercebemo-nos dos sentimentos que assolam o protagonista muito antes dos sentido que têm as suas palavras. As frases são exclamadas conforme lhe atingem os pensamentos como se tudo o relato representasse o que ele pensou de si para si próprio.
A leitura poderá prolongar-se um pouco mais pela necessidade de ler com alguma calma. Como definir a experiência... Dolorosa, dilacerante, morbidamente hilariante, deixando-nos, por fim, um sentimento misto de compreensão, empatia, impotência e raiva.
Para quem se interessa pela vida militar ou romances bélicos (sejam a favor ou contra), mas acima, para quem se interessa pelas situações-limite a que o ser humano se entrega.»

Brevemente!



quinta-feira, 18 de março de 2010

Oferta na compra de Desculpa, mas Vou Chamar-te Amor

Quem for ao site Bertrand e fizer a pré-reserva do novo livro de Federico Moccia, recebe de oferta o anterior, Quero-te Muito! Mas é só para as 20 primeiras encomendas!

http://www.bertrand.pt

quarta-feira, 3 de março de 2010

Brevemente!

O romance mais vendido de todos os tempos

- Guiness Book of World Records


Vale das Bonecas
Jacqueline Susann


Mais de 30 milhões de exemplares vendidos

só nos EUA!



A Primeira e Maior Superstar Literária do Mundo


«Em 1963, enquanto recuperava de uma mastectomia total, aos 44 anos, Jacqueline Susann fez um pacto com Deus: “dá-me mais 10 anos de vida para eu me tornar uma autora de sucesso e eu depois morro em paz.”
Deus foi mais que generoso.
Nos onze anos que se seguiram, os seus três romances atingiram o primeiro lugar da lista de best-sellers do New York Times e o primeiro, Vale das Bonecas, de 1966, com mais de 30 milhões de exemplares vendidos, é considerado, a par da Bíblia, um dos livros mais amplamente distribuídos de todos os tempos.»
New York Times


«Jacqueline Susann parece um camionista travesti. Sem ofensa aos camionistas.»
Truman Capote

«Esta mulher não escreve, ela bate à máquina!»
Gore Vidal

Adaptado ao cinema e ao teatro



«Um livro décadas à frente do seu tempo... absolutamente hipnotizante. A combinação de fragilidade emocional com abuso de drogas é ainda mais chique hoje do que quando foi publicado pela primeira vez.»
The Village Voice

«Jackie compreendeu, quase instintivamente, que os leitores estavam prontos para o lado mais cru do sexo – tanto para histórias de amor de fazer chorar como para cenas de sexo oral.»
The New Yorker

«Jacqueline Susann conseguia escrever livros para os leitores, em vez de ser para intelectuais e críticos. Ela era diferente das escritoras feministas dos anos 60; tinha um glamour e uma capacidade de compaixão únicas. Apesar de estar há mais de 40 anos no mercado, Vale das Bonecas continua a ser um livro corajoso, arrojado, energético e, sim, feminista. Ler este livro é a experiência mais divertida que se pode ter sem receita médica.»
The Guardian

«Jacqueline Susann tem um dom natural para contar histórias. Os bons escritores kitsch nascem, não se fazem. E quando Jacqueline Susann escreve, o que produz é kitsch de primeira categoria! Para mais, é uma autora sincera. Um livro que vende tanto como Vale das Bonecas tem mais que bom marketing – e este livro tem muito mais. Para já, não se consegue parar de o ler. E, apesar do que se diz, não é um livro “indecente”.
As mulheres não querem ler pornografia. Nem querem ler nada muito técnico sobre sexo. O que as mulheres querem ler é sobre desejo. E Jacqueline Susann escrevia maravilhosamente sobre desejo. Desejo ardente. Desejo avassalador. Desejo de adolescente. As personagens dos livros de Jacqueline Susann estão sempre a rasgar as blusas ou a abrir as braguilhas. Toda a gente está sempre a desejar alguém.»
Nora Ephron

A história:

Anne...
Ingénua... doce... mas ambiciosa e cheia de vontade de viver! Chega a Nova Iorque, vinda de uma cidade provinciana conservadora, em busca da felicidade e do amor.
Apesar de estar noiva de um multimilionário, entrega o seu coração – e o seu corpo! - ao encantador e mulherengo Lyon Burke.
Mas quando Burke lhe pede que escolha entre o amor e a carreira, as consequências podem ser devastadoras... Será que algumas «bonecas» a poderão ajudar a viver com o coração partido?

Neely...
Um espírito rebelde. Orfã desde a mais tenra idade, só ambiciona uma coisa na vida – montes de dinheiro!
Quando, através de Anne, é introduzida no impiedoso mundo do showbusiness, não falta quem veja nela uma estrela em potência.
Mas estará Neely preparada para enfrentar os perigos do estrelato? Os impiedosos patrões dos estúdios de Hollywood fazem-na trabalhar sem parar. E sem a ajuda de algumas «bonecas», esta estrela não consegue brilhar...

Jennifer...
Com um corpo de fazer parar o trânsito, este imã sexual só deseja uma coisa – casar e assentar. Antes dos 25 já foi a amante lésbica sustentada de uma rica espanhola e mulher de um príncipe europeu depravado. Aos 25, já é uma divorciada acabada e com os primeiros sinais da idade a mostrar...
Quando consegue «caçar» um galã de Hollywood, percebe que a vida de casada não é nenhum paraíso. Se não fosse a sua amiga Neely a mostrar-lhe o conforto das «bonecas»...

Onde está a Primavera?

Parece que em Dezembro o Sol se pôs e desde então nunca mais voltou a aparecer. Vemo-lo de vez em quando, espreitando timidamente por detrás de uma nuvem, mas logo desaparece e não tornamos a vislumbrá-lo tão cedo. Recolhemo-nos assim em casa, na tentativa de escapar à intempérie, onde temos como fiéis companheiros os livros, que nos transportam para outros lugares
Março assinala a chegada da Primavera. Depois de um Inverno tão rigoroso, o que nos reservará a estação das flores? Faça Sol ou faça chuva, o certo é que novidades não vão faltar.
Neste mês lançamos nada mais, nada menos que 4 obras de Ian Fleming. Bond. James Bond está de volta com capas que não deixarão ninguém indiferente!
Outro peso-pesado da literatura mundial de regresso aos escaparates portugueses é Marc Levy – o autor francês mais lido em todo o mundo – com A Próxima Vez. Last but not least, o autor-fenómeno de Itália está de regresso, com Desculpa, mas Vou Chamar-te Amor, um romance imperdível de Federico Moccia. Não se esqueça de espreitar todas as novidades que lhe apresentamos este mês, e de passar estas tardes de Inverno na companhia de um (ou dois!) dos nossos livros.
Novidades de Março





ESPECIAL IAN FLEMING



Lançamento: 5 de Março




Quantum of Solace
A publicação dos contos de James Bond num único volume é a celebração definitiva do atraente e mortífero agente secreto 007. Quer esteja a fazer uma descoberta inesperada nas Bahamas, a caçar um assassino cubano em terreno selvagem, a derrubar um barão da droga internacional em Roma, na pista de um segredo mortífero nas Caraíbas ou a derrotar um assassino estranhamente sedutor em Berlim, missões perigosas e mulheres bonitas fazem parte do dia-a-dia de James Bond. E este agente é sempre um profissional competente.


Casino RoyaleO agente 007, sempre sedutor e sofisticado, atraente e perigoso, tem como missão neutralizar uma rede terrorista russa. Num arriscado jogo de bacará, no mítico Casino Royale, Bond terá de vencer o temível Le Chiffre. No entanto, a atracção de James Bond por uma belíssima agente parece conduzir tudo ao desastre… Até que surge um inesperado aliado.




Lançamento: 5 de Março
Dr. NoApós o desaparecimento de um agente dos Serviços Secretos Britânicos e da sua secretária na base de Kingston, M acredita que este pode ser um caso fácil para 007, ainda em recuperação do encontro quase fatal com um agente russo. Só que James Bond e Honey Rider, a sua bela e vulnerável amiga, após terem sido capturados ao invadirem a isolada ilha caribenha de Crab Key, encontram-se em poder do Dr. No, um sinistro eremita com pinças mecânicas no lugar de mãos, absolutamente fascinado pela dor. Decidido a proteger dos Serviços Secretos Britânicos as suas operações clandestinas, o Dr. No tem agora a oportunidade de se livrar de um inimigo e de aprofundar as suas diabólicas pesquisas. Bond e Rider acabam por ter de lutar pela vida num mortífero jogo da autoria do Dr. No…

Vive e Deixa Morrer
Mr. Big – senhor do mundo do crime nova-iorquino, líder do culto vodu Viúva Negra e membro da SMERSH, a poderosa organização soviética – é um dos oponentes mais perigosos que Bond alguma vez enfrentou. Esta nova missão, quase suicida, vai levar 007 dos clubes duvidosos do Harlem às ilhas da Florida e ao luxuriante Caribe.
Bond volta a estar bem acompanhado por uma bela e misteriosa mulher, Solitaire, prisioneira de Mr. Big, que não a deixará escapar facilmente. O duelo final acontece na Jamaica’s Shark Bay, onde 007 terá de enfrentar os mortíferos dentes dos tubarões... se quiser capturar um peixe maior.
Preço c/ IVA: € 16,95






Lançamento: 26 de Março

Desculpa, mas Vou Chamar-te Amor
Federico Moccia



Um delicioso romance sobre o poder do Amor.
Niki é uma rapariga linda, extrovertida, inteligente, simpática e alegre. Tem dezassete anos, e tanto ela como as suas amigas estão no último ano do secundário. O seu dia-a-dia é pautado por desfiles, festas e raves, entre outros divertimentos.
Alex é um «rapaz» com quase trinta e sete anos e acabou há pouco tempo uma relação de longa data. Tem três grandes amigos, Enrico, Flávio e Pietro, que são casados. Alex ocupa um cargo importante na área da publicidade, mas um jovem oportunista contratado recentemente pela sua empresa põe em risco o seu emprego.
Certa manhã, Niki e Alex têm um encontro, ou melhor, um desencontro – um desencontro que vai mudar tudo.
Esta linda história de amor reflecte a vontade de reencontrar a liberdade e o desejo de nutrir sentimentos verdadeiros, de amar sem regras nem porquês. Retrata o quotidiano, mas também o sonho, a fuga mais bela, mais louca, mais inesperada: uma fuga de amor. E, depois, aquele farol…
Enfim, é um mergulho onde o mar é mais azul!

Sobre o autor:
Federico Moccia nasceu em Roma, em 1963. Trabalha como cenógrafo em cinema e como argumentista em televisão. É autor de vários livros, já traduzidos em doze línguas e todos eles grandes best-sellers entre os leitores jovens de todo o mundo.
Moccia combina um estilo rápido, ligeiro e coloquial com uma descrição de situações muito próxima da elaboração de um guião cinematográfico, o que dota a sua escrita de uma grande fluidez. As frequentes alusões a referências culturais, sem descurar a intensidade dos sentimentos e as atitudes rebeldes que caracterizam a adolescência, são os seus trunfos para captar a atenção dos leitores.
http://www.federicomoccia.it/

Críticas de imprensa:
«Moccia possui uma técnica narrativa impecável. Além disso, consegue fotografar de uma maneira nítida a sociedade actual.»
Secolo d'Italia
«Federico Moccia é um fenómeno literário.»
El País
ISBN: 978-989-666-032-1; 552 pág.; € 19,95

Lançamento: 12 de Março
A Próxima VezMarc Levy
Jonathan é um especialista em arte com uma paixão inexplicável pela obra do pintor russo Vladimir Radskin. Quando, nas vésperas do seu casamento, lhe chega a notícia de que uma galeria em Londres tem em sua posse cinco quadros do pintor – entre eles, possivelmente, a sua mítica última obra, A Jovem de Vestido Vermelho, misteriosamente desaparecida em 1868 –, Jonathan não hesita em partir.
Ao chegar a Londres, encontra Clara, a dona da galeria, e é acometido por uma forte sensação de déjà vu: certamente já viu aquele rosto, já ouviu aquela voz. Mas onde, e quando? Será que entre eles há algo mais em comum do que uma paixão por pintura?
A sua busca leva-os da galeria em Picadilly Circus a uma loja de tintas em Florença, de um laboratório no Louvre a uma misteriosa mansão em Inglaterra. Quanto mais Jonathan e Clara descobrem acerca da última obra de Radskin, mais descobrem acerca de si próprios: três vidas muito diferentes, três destinos entrelaçados, presos numa corrida contra o tempo...

Sobre o autor:
Marc Levy é o autor de língua francesa mais lido em todo o mundo: os seus livros contam já com mais de 17 milhões de exemplares vendidos em mais de 41 países. Mas este autor não é só um favorito entre os leitores como também a crítica tem reconhecido o seu talento excepcional como contador de histórias originais, provocantes e sempre comoventes.
Nasceu em Boulogne Bilancourt, em 1961. Aos 18 anos, juntou-se à Cruz Vermelha Francesa, instituição com a qual colaborou durante seis anos. Paralelamente, formou-se em Gestão e Informática na Université Paris-Dauphine. Em 1983, fundou uma empresa especializada em design e informática, com projectos em França e nos EUA. Mais tarde, viria a dedicar-se ao design de interiores, fundando outra firma em Paris.
Aos 37 anos de idade, Marc Levy escreveu o seu primeiro romance. E Se Fosse Verdade… começou por ser uma história destinada ao homem que o seu filho viria a ser. Encorajado pela irmã, enviou o manuscrito a uma editora, que aceitou publicá-lo. O sucesso fez-se sentir imediatamente e, desde então, os seus romances são presença constante nas listas de best-sellers. Marc Levy tem-se dedicado inteiramente à escrita e dois dos seus romances foram já adaptados com grande sucesso ao cinema.

ISBN: 978-989-666-059-8; 232 pág.; 15 × 23; € 16,50