sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O amor atravessa todos os tempos

O que fazer quando alguém se dá conta de que subitamente está no passado – num passado longínquo, não de décadas, mas de séculos? Bem, em primeiro lugar há que manter a calma – é o que Gwendolyn pensa. E vai-lhe ser necessária muita calma, quando descobre ter herdado da família um invulgar gene que lhe permite viajar no tempo.


Com o arrogante (mas muito giro!) Gideon como companheiro de viagem, daqui em diante as surpresas não param. Por ser a mais jovem portadora do gene, Gwendolyn é escolhida para uma missão muito importante: viajar por várias épocas para impedir alguns erros e, basicamente, pôr o passado em ordem!

Entre alguns acidentes de percurso e algumas discussões, este casal tão desigual envolve-se em aventuras de toda a espécie… e ao longo de todos os tempos. Pouco a pouco, vão descobrindo que seja em que século for os opostos sempre se hão-de atrair, e que o passado já não é o que era…

A não perder, em Outubro, Rubi - O Amor Atravessa Todos os Tempos

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Conto vencedor do passatempo "Conte-nos Uma História"

Ghostboy - Espírito Inquieto
Célia Cristina Amador


Um grito rompeu o véu da noite. Paula acordou. Aquele grito… teria sido um pesadelo? Parecia tão real! Apercebeu-se de que adormecera à espera de Luís. Sentiu um arrepio percorrer-lhe o corpo. Luís nunca se atrasava! Tentou ligar-lhe mas o telemóvel não dava sinal. Tinham passado várias horas e nada… nem sinal dele. Onde estaria Luís?!!
Em pânico, Paula sentou-se no degrau à entrada de casa. Foi aí que viu um objecto intrigante. Junto ao tapete, estava uma caixinha branca com um laço vermelho e um cartão. Pensou que poderia ser uma surpresa de Luís. Correu para a caixa e leu o cartão. Este dizia apenas, em letras recortadas, “Para que nunca te esqueças”. A tremer, desapertou o laço e abriu a caixa. O seu grito, longo e intenso, ecoou naquela noite silenciosa. Dentro da caixa estava uma foto sua com Luís, a mancha de sangue mal deixava ver o rosto do seu amado. Voltou a casa e correu para o telefone para pedir ajuda a Joana, a mãe de Luís.
Paula sentia algo estranho, uma presença, mas só lá estava ela! Enquanto aguardava pela mãe de Luís, deambulou pelo quarto. Por cima da mesa-de-cabeceira de Luís estava o troféu que ele tinha ganho no torneio de ténis. Paula tinha a certeza de que o deixara na prateleira dos troféus! De repente, sentiu algo no pescoço, como se alguém lhe tivesse assoprado, e ficou toda arrepiada. “Quem está aí?” – gritou. Ninguém, não estava ali ninguém. “Estou a ficar louca”, pensou. Os seus pensamentos foram interrompidos pela chegada de Joana. Consigo vinha Jorge, um amigo da Polícia. Paula relatou os acontecimentos enquanto Jorge tomava apontamentos. Quanto terminaram, o polícia pediu-lhes que aguardassem desenvolvimentos. A foto ensanguentada foi levada como prova. Joana ficou com Paula. Esta sentia-se exausta. Nada mais podia fazer e precisava de descansar… Tomou um calmante e adormeceu.
De manhã, Paula foi acordada pelo toque do telefone. Era da Polícia. Tinham encontrado o carro de Luís com um corpo no interior. Pediam-lhe que fosse reconhecê-lo. Vestiu-se, a cambalear, e seguiu com Joana para a morgue. Lá, o que viu deixou-a paralisada de horror. Ali estava ele, morto, numa maca, com uma serenidade no rosto que a deixou em estado de choque. Virou a cara e controlou o vómito. Tinha de sair dali! Sentia-se sem forças. Quem foi? Precisava de descobrir o que se passava!
Quando regressou a casa apercebeu-se de que esta estava às avessas. Ainda em estado de choque, começou a fazer a cama quando, debaixo da almofada, encontrou uma foto antiga de Luís com o João, amigos de longa data, na altura em que ambos participavam nos torneios de ténis. Como teria ido ali parar?!! Algo de estranho se passava. Estaria o assassino de Luís a tentar dizer-lhe algo? Sentia-se no meio de um pesadelo. Fechou os olhos e… de novo aquela presença estranha no quarto; desta vez empurrava-a para fora. Deu por si a caminhar sem saber para onde, guiada apenas por uma força estranha.
Apercebeu-se de que parara à porta de João. O que fazia ali? Bateu à porta, sem saber o que procurava, mas ninguém apareceu e eis que a porta se entreabriu por si mesma. Pé ante pé entrou, subiu as escadas e, no quarto, lá estava ele, o troféu, semelhante ao de Luís, que João ganhara ao ficar em 2.º lugar no último torneio em que participaram juntos. Estava coberta de sangue e de cabelos. Não podia ser! Encontrou João, embriagado. Este acabou por confessar-lhe tudo: “Eu não aguentava mais ser o segundo em tudo. Perdi os torneios; na escola, o Luís foi sempre o melhor, e contigo… também te ganhou. Perdi em tudo mas agora ganhei! Deixei-te aquele presente para que soubesses que o vosso amor acabou.”
Paula ligou de imediato à Polícia. Sentiu-se subitamente mais leve, descobrira o assassino. Mas ainda sentia aquela presença que a acompanhara até ali… De repente, algo caiu no chão, mesmo à sua frente. Era um bilhete, escrito em letras douradas com uma caligrafia que tão bem conhecia. A mensagem era simples: “Obrigada. Sabia que irias descobrir. Estarei sempre contigo. Amo-te! Do teu ghostboy, Luís”. Sentiu um beijo no rosto e um frio intenso e, de repente, tudo voltou ao normal. O frio passou, desaparecera aquela presença, que agora sabia ser de Luís, ele partira de vez. “Descansa em paz meu amor”, disse baixinho, enquanto o som das sirenes da Polícia se aproximava.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Passatempo "Conte-nos uma história" - Vencedor

O texto vencedor do passatempo é:


Ghostboy - Espírito Inquieto
de Célia Cristina Amador


Parabéns à vencedora que receberá como prémio um voucher de € 10,00 das Livrarias Bertrand, 1 exemplar do livro "O Contador de Histórias" de Rabih Alameddine e 1 exemplar do livro "A Mecânica do Coração"!

O texto vencedor será publicado brevemente aqui no blogue.


Um agradecimento a todos os participantes que embarcaram neste desafio e enviaram os seus textos. Mas não desanimem porque haverá outras oportunidades para ganhar um dos nossos fantásticos livros. Esteja atento/a!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Imprensa - A Filha do Sol

«Entre a sedução e a traição

Uma saga envolvente sobre a luta de uma mulher pela sua sobrevivência no seio do exótico e perigoso mundo da corte tolteca

"A Filha do Sol" é o mais recente romance da inglesa Barbara Wood, editado pela Contraponto, numa saga envolvente sobre a luta de uma mulher pela sua sobrevivência no seu do exótico e perigoso mundo da corte tolteca. No cenário do Chac Canyon e do misterioso povo anasázi, "A Filha do Sol" é um romance inesquecível sobre o poder, a sedução, a morte e a traição. Conta a história de Hoshi'tiwa, uma rapariga de dezassete anos, que levava uma vida tranquila: filha de um humilde cultivador de milho, tencionava casar com um aprendiz de contador de histórias. Porém, o seu mundo é virado do avesso ao ser capturada pelo poderoso e violento governante de uma cidade infame, conhecido pela sua enorme riqueza e pelos inenarráveis actos de violência cometidos em seu nome. Hoshi'tiwa é assim repentinamente lançada para a corte do Senhor da Escuridão e, ao mesmo tempo que tenta sobreviver, inicia um romance ilícito com o único homem capaz de a destruir.»

Algarve Vivo, Agosto, 2010

Imprensa - Álbum de Família

«Existem escritores dos quais se diz que venderiam milhões mesmo que publicassem as respectivas listas telefónicas. David Sedaris seria, porventura, o único capaz de transformar a sua lista telefónica num livro hilariante, que merecesse vender milhões. Pelo menos foi isso que se verificou em todas as suas outras obras, entre as quais "Diário de Um Fumador" e "Eu Falar Bonito Um Dia", e é o que se verifica agora em "Álbum de Família". Nelas, Sedaris pega nas suas memórias e, com um talento invulgar, passa-as para o papel, divididas em pequenos episódios recheados de humor e ironia. Em "Álbum de Família" ninguém escapa à sua crítica: pais, irmãs, vizinhos... e até (ou especialmente) ele próprio, já que o escritor não se retrai na auto-crítica. A linguagem intimista ajuda o leitor a sentir-se realmente no mundo de Sedaris, quer se reveja ou não nos episódios que este conta, e o resultado final é um livro descontraído e divertido, cujos 22 capítulos (cada um corresponde a uma pequena história) se lêem num sopro. Resta referir que, nos Estados Unidos, "Álbum de Família" (o nome original é "Dress Your Family in Curduroy and Denim") alcançou a primeira posição na lista de livros mais vendidos de não-ficção do New York Times, aquando do seu lançamento. Fica apenas por saber se é verdade quando Sedaris diz que "quem lê o diário de outra pessoa, tem o que merece".»

Urban Man, Agosto, 2010

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Rentrée!

Após uma breve pausa para um merecido descanso, a Contraponto regressa com novidades excitantes que farão esquecer as tristezas do regresso ao trabalho.
Nesta rentrée a Contraponto aposta em títulos capazes de nos transportar para outras realidades tão interessantes como extraordinárias: um leva-nos para o Médio Oriente e envolve-nos numa história que cruza o mito com o quotidiano seduzindo o leitor desde a primeira página; noutro somos convidados a entrar numa loja de roupa vintage e a conhecer as deliciosas histórias que cada peça encerra; noutro ainda seguimos o dia-a-dia de um jovem que vê a sua vida virada do avesso quando é despedido por ter sido apanhado a vestir o sutiã de uma colega em plena sala de professores do colégio onde dá aulas e depois se cruza com um cavalheiro que ganha a vida como acompanhante de velhinhas de alta sociedade; por fim, o que faria se de repente encontrasse uma desconhecida no armário da sua casa de banho?

Ficou interessado/a? Espreite aqui a selecção de livros que preparámos para si neste mês de Setembro. Boas leituras!