terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Crítica de Leitor: «A Raiz do Ódio»

«O thriller A Raiz do Ódio (uma edição Contraponto) foi o primeiro romance que li da escritora norueguesa Anne Holt e chegado ao fim a primeira sensação que me ficou foi de arrependimento… por nunca ter lido nada dela antes. A “moda” Stieg Larsson/Millennium (que, estranhamente, nunca li) serviu para que em Portugal se passasse a dar um outro tipo de atenção aos romances policiais nórdicos e eu embarquei na onda com todo o gosto. Depois de já me ter deleitado com os suecos Camilla Läckberg (A Princesa do Gelo) e Lars Kepler (O Hipnotista), desta vez “fui” até à Noruega à procura “da raiz do ódio”.
Vários casos aparentemente dispersos e com nada que os relacionasse funcionam como pontos de partida para um elaborado e cativante enredo que espicaça a curiosidade – quanto mais não fosse só pela perspectiva de ver como tudo “aquilo” se uniria no final. Há uma criança que vagueia pelas ruas de Oslo e que terá visto uma mulher morta; há uma episcopisa que é assassinada em Bergen na noite de natal na rua sem que se lhe conheçam inimigos dada a sua natureza “santa e imaculada”; há um rapaz retirado morto da água, etc. etc.
A criminologista Johanne Vik e o detective Adam Stubø seguem as pistas e uma série de crimes aparentemente isolados têm afinal uma perturbante ligação, tecida por questões religiosas, moralidade, intolerância (nomeadamente contra a homossexualidade, unindo aqui os mais inesperados aliados), que cria um quadro final surpreendente onde as revelações vão chegando a conta-gotas.
Enriquecido por um grande elenco de personagens cujos trajectos, de início, podem parecer algo difíceis de seguir, pois cada um terá a sua história própria e independente, A Raiz do Ódio traça-nos, também por isso, um retrato de um sociedade que só aparentemente é perfeita, à imagem, aliás, do que este tipo de literatura vem fazendo em relação aos países nórdicos. Calculo que já seja um problema para os governos do norte da Europa ver a imagem que começa a ser insistentemente passada pela literatura dos seus “paraísos cívicos”. Pois tal quantidade de personagens, muitas delas muito completas e bem construídas, permite um olhar profundo para o interior da sociedade norueguesa, onde os segredos são muitos (tanto a nível familiar como de negócios e outras áreas), alimentados pelo insaciável desejo de satisfazer as aparências.
O desvio à norma que é a vaga de crimes afinal ligados entre si serve de mola impulsionadora à revelação de uma série de segredos, que mostram, em vários patamares, o lado oculto desta sociedade “perfeita”.
Anne Holt gere bem toda esta informação e todas estas personalidades, apresentando assim um thriller envolvente, socorrendo-se de uma escrita inteligente e de uma trama bem planeada, sem espaço para pontas soltas.»
Porta-Livros

Em fevereiro

Os zombies tomaram conta da Contraponto e desta vez o protagonista é R, em Sangue Quente. Uma história cativante que não resistirá a ler! Em fevereiro editamos também o terceiro e último volume da saga Frankenstein, de Dean Koontz. Conheça aqui as novidades da Contraponto para este mês. Boas leituras!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Crítica de Leitor: «Eterna Saudade»

«Em 2195 a população está dividia entre os entre os vitorianos e os punks. Os vitorianos são rigorosos desde os trajes aos costumes. Cheio de regras onde a aparência é tudo. Os punks mais descontraídos, preferem aprofundar o seu conhecimento. Estão em guerra devido à intolerância e à sede de poder, mas na verdade lutam contra uma terceira parte por muitos ignorados e por outros explorados, a doença de Lázaro. Em que passado 6 horas depois de morrer ressuscitam e se não são controlados tornam-se violentos.
Neste cenário conhecemos Bram que foi infetado aos 16 anos. Atualmente pertence ao exército que luta contra os Zombies que não são controlados (os cinzentos) e que por vezes são usados por pessoas sem escrúpulos para atingir os seus objetivos. Um rapaz só mas que apesar de estar morto ainda espera encontrar felicidade.
Nora pertencente aos vitorianos, uma jovem de 17 anos frequenta um colégio interno, onde o seu pai a tinha colocado pouco tempo após a morte de sua mãe. Chegou o tempo de férias e Nora volta a casa. Um lugar cheio de doces lembranças do seu pai que morrera no ano anterior.
Nora é um pouco rebelde e sempre teve o apoio do pai para explorar o que não era considerado correto para uma senhora na sua sociedade.
Bram tem a missão de proteger Nora dos cinzentos que a tentam raptar, uma vez que não lhe consegue explicar porque corre perigo acaba por a raptar.
Bram sente de imediato que encontrou quem sempre esperou, mas nem se atreve a pensar nisso. Ele é um Zombie, ela humana, viva e de uma classe diferente.
Nora no início sente medo mas Bram consegue conquistar a sua confiança e principalmente o seu amor.

Com Eterna Saudade vai entrar num mundo onde o antigo e o futuro se misturam de uma forma bastante eficaz e inovadora, prendendo desde da primeira página a atenção do leitor.
O enredo é fantástico, a imaginação da autora surpreende, acredite que vai querer ler com muita atenção para se deliciar com a imaginação da autora.
Através de descrições elaboradas sem esquecer nenhum detalhe a autora apresenta com um toque de humor sarcástico um mundo que não podemos deixar de comparar com o nosso. É impossível não pensar nas semelhanças entre os nossos dias e os vividos pelas personagens. Sobre a importância do que fazemos e do que nos rodeia.
Na apresentação da autora lê-se que adora a época vitoriana e Zombies. Mesmo que não fizesse era impossível ignorar ou aperceber-nos desse fato. Em cada página que li podia sentir esse fascínio.
A escrita da autora é simples, dinâmica mas principalmente inteligente e com humor.
As personagens deslumbram o leitor, mais uma vez a autora consegue mostrar como as diferenças se conseguem atrair. Confesso ter uma enorme simpatia por Bram, pela sua paciência inteligência. Pela forma encantadora que protege e conquista Nora.
É impressionante que num mundo de literatura fantástica carregada de vampiros e zombies ainda se consiga inovar, ainda consiga surpreender o leitor.
Eterna Saudade foi o primeiro livro que li em 2012 e não poderia ter começado melhor!
Um livro fascinante!»
Esmiuça o Livro

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Filme: «Warm Bodies»

Surgiram na web novas imagens da adaptação ao cinema de Warm Bodies (Sangue Quente), de Isaac Marion, com Nicholas Holt e Teresa Palmer nos principais papéis. O filme só estreia a 10 de agosto, mas cá o livro sairá já no próximo mês, a 10 de fevereiro. Aqui fica um aperitivo das imagens.





sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Crítica de Leitor: «Contos dos Subúrbios»

«Contos dos Subúrbios é, para mim, um livro em que o texto passa para segundo plano, servindo de enquadramento e suplemento às imagens. A beleza desta obra reside, precisamente, na componente visual que a leitura transpõe, permitindo ao leitor perder-se nas incontáveis paisagens improváveis retratadas – ora com deslumbrantes debruados de cor, ora com a agradável sensação que a combinação do preto e branco transmite. Porém, isso não quer dizer que o texto esteja desprovido de força ou sentido, muito pelo contrário. É na simplicidade e naturalidade com que o autor conjuga as palavras, formando assim contos directos e poderosos na propagação das suas mensagens, em conjunto com a magnificência das imagens, que Contos dos Subúrbios verdadeiramente se enaltece enquanto obra, num conjunto exímio de cor e sentimentos.

Poderia dizer-se que este é um livro para crianças. Tal afirmação, a meu ver, não estaria totalmente errada. Dadas as imagens fantasiosas e os textos de linguagem simples e fluida, Contos dos Subúrbios seria, certamente, uma obra espantosa para alegrar e transcender as crianças entre a hora do sono e do sonho. Contudo, e devido a essas mesmas características, faz-me crer que é igualmente um livro perfeito para adultos que, conscientes da realidade da vida, encontrariam aqui um escape decididamente interessante com várias e diferentes visões desses mesmos acontecimentos “normais”.
Uma deliciosa aposta da Contraponto que, como já se vem tornando hábito, marca os seus leitores pela diferença, numa edição de luxo de um livro que todos deveriam de ler. Simplesmente, único e indescritível.»
Pedacinho Literário

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Crítica de Leitor: «Eterna Saudade»

«O livro Eterna Saudade, da autora Lia Habel, é uma história um tanto surpreendente. Há vários elementos que mudam um pouco a linha que a leitura juvenil adulta vem a seguir nestes últimos anos. Em vez de termos a imortalidade como um tema central e um pouco batido, temos na verdade a própria mortalidade humana e finita no centro dos acontecimentos. Claro que o romance entre uma jovem de classe alta numa sociedade conservadora e um zombie soldado a mando dessa própria sociedade é a verdadeira trama que faz girar a história. Mas é sempre bom ver que existem autores que fogem ao comum ao lançarem-se em aventuras como esta para criar algo surpreendente e cativante. Lia Habel acertou em cheio quando decidiu escrever sua história.

Tudo começa basicamente com uma jovem rapariga que vive num mundo, ao mesmo tempo, futurístico e conservador. Este mesmo mundo abriga também a existência de criaturas zombies.
É impossível não perceber as referências de Romeu e Julieta na obra, quando temos dois jovens que se apaixonam perdidamente, mas que precisam enfrentar as dificuldades de uma união quase fadada ao fracasso. Eles vêem de realidades muito diferentes e que os obriga a encararem as adversidades para que possam ficar juntos. Uma rapariga humana e um soldado zombie. Temos aqui a união de dois elementos que atraem a atenção de qualquer leitor.
Pode parecer um pouco controverso quando lemos sobre uma nova era Vitoriana conservadora num futuro distante e que tem ao seu lado zombies. No entanto, é perfeito o casamento entre estes dois temas. A história flui de uma forma simples, fascinante e impossível de se largar assim que começa.
Em suma, Eterna Saudade veio para ser uma obra de referência no género. A autora soube como criar um mundo coeso, em que tudo parece funcionar como se fosse a mais pura realidade. O leitor consegue sentir o drama, o humor, o romance e a acção de uma forma completa. Os personagens são bem construídos, principalmente os secundários.
Temos também uma pitada de humor um pouco macabro, mas que acaba no final por ser até atraente, de certa forma. Vale umas boas risadas em muitos momentos ao longo da leitura, assim como vale prestar atenção no que a autora tem a passar para todos.
Há uma dedicatória no final do livro que mostra bem o que Lia Habel quis mostrar e que abaixo cito em suas palavras: “Quando parecia que todos os outros no mundo estavam agarrados ao conceito de beleza congelada no tempo, estas pessoas deram-me uma lição sobre a beleza superior que podemos encontrar na trágica decomposição.”»
Priscila Catalão Cardoso, blogue Bela Lugosi Is Dead

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Crítica de Leitor «Desculpa Mas Quero Casar Contigo»

«Federico Moccia tornou-se um fenómeno da literatura italiana e mundial pela sagacidade das suas obras. De uma forma quase instantânea, estas assumiram uma popularidade social dado à forma como reflectem as preocupações e o sentir da sociedade italiana.
Nesta obra o autor reflecte sobre o tema do amor. O leitor é convidado a continuar a acompanhar as histórias de Niki e Alex, já apresentados em Desculpa, mas vou chamar-te amor. Este casal recém-chegado de umas férias românticas retorna aos grupos de amigos respectivos. O regresso à realidade despoleta toda uma série de reflexões acerca do tema do amor, da amizade e das suas vicissitudes.
Moccia define um elenco de personagens diversas, cada uma com a sua maneira de abordar o tema quer este seja o amor, a amizade ou ambas. E é justamente a variedade destas personagens que é utilizada como ferramenta para o autor expor os mais diversos pensamentos e considerações sobre os temas de uma forma acessível e sem que o leitor sinta qualquer tipo de imposição: os diálogos e as situações surgem de uma forma natural, resultado da própria existência humana e dos relacionamentos estabelecidos.
E é a questão dos relacionamentos que é central a toda a obra, principalmente as questões relacionadas com o casamento. As questões levantadas permitem a reflexão sobre a instituição do casamento e como tal, obrigam simultaneamente a tecer considerações acerca do próprio tecido social. À pergunta, deve o casamento durar para sempre? Podemos imediatamente reflectir acerca da estabilidade do conceito de família.
Não deixa de ser subtil mas presente e relevante a forma como as reflexões sociais são colocadas de uma forma subtil nos interstícios das relações dos personagens.
A escrita fluida e acessível e as referências culturais facilmente identificáveis permitem ao leitor entrar facilmente na teia urdida pelo autor. À medida que o leitor se envolve com as personagens e as suas questões dará por si no mundo das relações humanas e a colocar questões para as quais não há uma única resposta a não ser a dos sentimentos. Esta obra toca no que há no ser humano ao nível mais profundo, o dos sentimentos. Recomenda-se vivamente a quem já leu o primeiro ou a quem tem um interesse profundo no ser humano.»
blogue Páginas com Memória

A saga «Conspiração 365»

365 dias depois de iniciar a corrida pela sua vida, Callum Ormond chegou à meta final e as suas aventuras terminaram. 12 meses, 12 livros de leitura intensa e emocionante. Eis o que alguns dos leitores da saga têm a dizer sobre esta alucinante corrida.

«Segui atentamente as aventuras do Call Ormond ao longo de um ano e, finda a aventura, já tenho saudades, situação que já não acontecia com a literatura infanto-juvenil, que abandonara há muitos e muitos anos. Gabrielle Lord soube dosear as situações de tensão a cada mês e encontrou as soluções mais inesperadas para cada uma das aventuras e desventuras.»
Paula Freire, Segredo dos Livros

«Foi sinceramente agradável e entusiasmante voltar a rever algumas personagens que, ao longo de todos estes meses, me têm vindo a conquistar pelos mais variados motivos e é por isso que, nos próximos dias, conto actualizar as opiniões em atraso desta brilhante série juvenil criada pela mente imaginativa de Gabrielle Lord e editada pela sempre diferente e única Contraponto 
Pedacinho Literário

«Uma aposta da editora marca pela diferença, Contraponto, e que com toda a certeza será idolatrada por uma faixa etária mais juvenil... Recomendo.»
As Histórias de Elphaba

Não perca a oportunidade de ganhar a saga completa no passatempo que se realiza aqui:
http://www.esmiucaolivro.com/index.php/mijuvenulpassatempo

terça-feira, 3 de janeiro de 2012