terça-feira, 6 de março de 2012

Crítica de Leitor: «Não Sou Um Serial Killer»

«Não Sou um Serial Killer é o romance de estreia de Dan Wells. Fascinado pelo género fantástico e pela ficção científica, o autor decidiu desde muito cedo que queria ser escritor, mas primeiro experimentou outras áreas, como a publicidade. Em 2009, Wells apresentou o seu primeiro livro, que se tornou, imediatamente, num sucesso.

John Wayne Cleaver é um rapaz de 15 anos que aparenta ser normal, mas mais tímido e reservado do que a maioria. Contudo, a verdade é que “normal” é uma definição muito errada para o definir. John tem Transtorno de Personalidade Antissocial, ou seja, é um sociopata. A sua incapacidade de sentir empatia pelos outros faz com que desenvolva hobbies que não são bem vistos pelos outros. Para além de adorar ajudar na morgue da família, especialmente quando existem embalsamamentos para fazer, é fascinado por serial killers. Inserido numa família desestruturada e a receber acompanhamento psicológico, John acredita que tem um monstro dentro de si e, de modo a não o deixar sair para o mundo exterior, impõe uma série de regras à sua conduta.

A narrativa inicia com a apresentação deste jovem, que deseja, mais do que tudo, alguma ação e compreensão na sua pequena cidade. Os seus desejos rapidamente são atendidos, quando um homem surge assassino de uma forma incomum. Convencido de que se trata do trabalho de um assassino em série, John fica expectante com a possibilidade de surgir um novo corpo. Quando tal acontece, o jovem fica extasiado e inicia uma verdadeira caça ao homem (ou Demónio, como lhe chama).

Narrado na primeira pessoa, o que leva o leitor a criar uma maior proximidade com o protagonista, este livro apresenta uma história intimista de um pequeno rapaz que deve ser temido. John é uma personagem cativante, e faz lembrar Dexter Morgan, um outro sociopata protagonista de uma série com o mesmo nome, devido à sua obsessão e esforço por parecer ter um comportamento socialmente aceite.

Dan Wells guarda algumas surpresas para os seus leitores. O autor conseguiu colocar um dos seus géneros de eleição dentro de um policial, de uma forma surpreendente que muito agrada, e é a partir desse momento que o ritmo de leitura se tornará frenético. A vontade de conhecer o desenlace da história vai aumentar ao virar de cada página.

O maior ponto positivo vai para a chamada de atenção do autor para o facto de as aparências nem sempre corresponderem à realidade. Wells mostra de um modo cativante que aqueles que parecem ser mais inofensivos escondem grandes segredos. – Cláudia Sérgio»
Bela Lugosi Is Dead

1 comentário:

Anónimo disse...

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